sexta-feira, 24 de julho de 2009

CALAbOUÇO

Os lábios entreabertos
em uníssono movimento.
o chão frio da masmorra
de um castelo insalubre.
Deslizam as mãos nos corpos
Nus em crescendo.
O olhar em adágio
jamais visto alhures.

Remata a lei do pecado
com um arguto sangrento.
Num vaivém em alegro
O véu dessacralizado.
O êxtase da diminuta morte
o grito ofegante, lento.
Dois amantes num calabouço
Tão audível e tão calado.

Ao lúgubre esconderijo dos amores insólitos.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Omodinia

A vida no escuro é um vale
mísera dignidade que a invalida.
A verdade é sempre velada
e a esperança é um enterro.

Não falo de coisa proibida.
Falo do secreto desejo.
Armários não são urnas funerárias.
Tampouco o homem é só um termo.

Lágrimas nos meus ombros.
 
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