quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Carpe Noctem

Ser

Primeiro é o parasita plangente
A ilusão perfumada da juventude.
Sobre o vômito lânguido da vida.
Mas a certeza do dever cumprido.

Depois é a rebeldia insaciável de uma busca
pelo infinito do nada
em uma existência de sentidos sem sentidos.
De uma dialética da virtude do agora.
Um sonho questionável de progresso.

Depois é o inverno fatal.
Frígidas as mãos do velho onanista.
E uma pseudo ilusão de experiência.
De uma memória contraditória.

Não!Quem poderá dizer o que é?

O pó

Depois...

Depois?

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Homonímia

Minha errância é uma vela apagada no oceano
Garantindo, para além das trevas, a propulsão pelo vento.
Insisto.
Falo de um secreto desejo que não falo.
Peco.
Perco.
Como um doce sonho que se perde
cedo
em um dado jogo de dados.
Porém sou fiel.
Termino uma oração
sem ter necessariamente pena.
Julgam-me sem medida.
Mas que medida de peso há para a relva, grama?
Não calo.
Pois quem poderá julgar o pescador quando,
para além de falsos juízos,
traz da rede um namorado?
 
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